VALENTINA * LOXY

terça-feira, junho 24, 2003

Dois livros que não tenho desgrudado nesses últimos tempos:
Conceitos da arte moderna, uma coletânea de textos escritos por grandes historiadores e críticos de arte e organizados por Nikos Stangos. Os ensaios vão do fauvismo até a arte conceitual, retratando muito bem todas as grandes e importantes vanguardas artísticas do início do século XX.
Dicionário de Símbolos ( Jean Chevalier/Alain Gheerbrant): referencia obrigatória para quem trabalha com textos, artes, desenho e afins.

Um dos verbetes que mais gosto:
“Abracadabra
Esta fórmula foi utilizada durante toda a Idade Média. Bastaria usar em torno do pescoço esta espécie de filactério, escrito na disposição triangular, para conjurar diversas doenças e curar a febre.

ABRACADABRA
ABRACADABR
ABRACADAB
ABRACADA
ABRACAD
ABRACA
ABRAC
ABRA
ABR
AB
A


Essa palavra viria da expressão hebraica abreg ad hàbra que significa: arremessa teu raio até a morte...”.


domingo, junho 22, 2003

Feriado na fazenda: dormi mais do que devia e trabalhei muito menos do que o programado, de dia um solzinho bom e a noite frio de 8 graus.
No sábado fui até Tiradentes, confesso que fiquei um pouco apreensiva, até pouco tempo a cidade tinha um sentido especial e não sabia como iria reagir, às lembranças aflorando por todos os cantos.
Para minha surpresa foi tudo super tranquilo, sem nostalgias baratas nem melancolias desnecessárias. A cidade não mudou muito nesses últimos dois anos e foi uma tarde quente de fotografia, sorvete e muita conversa “jogada fora”.
Tiradentes sempre estará marcada na minha história. Recordação de momentos felizes e alegres, que certamente eu preferia não ter vivido. Enfim...
E hoje eu me pergunto, por onde andará Wally?

quarta-feira, junho 18, 2003


"Os happenings introduziram na arte um elemento que ninguém tinha colocado: o aborrecimento. Na pintura não se pode representar o aborrecimento. Fazer uma coisa para aborrecer as pessoas que estão a ver, nunca tinha pensado nisso! E é uma pena porque é uma bela idéia. No fundo, é a mesma idéia do silêncio de John Cage, em música; ninguém tinha pensado nisso."
Marcel Duchamp

domingo, junho 08, 2003

Domingo Clássico.
Hoje foi um domingo típico: acordar um pouco mais tarde, dar banho no cachorro, lavar o carro, assistir um bom filme e no final da tarde um programa legal.
Show de jazz na rua: muita gente e som baixo. Encontrar amigos queridos, jogar conversa fora e rir muito.

Filmes do final de semana:
Cubo 2: Hipercubo.
Irmãos Marx - A Casa Maluca
O Fantasma da Liberdade
O Quarto do Filho
Rosalie vai às compras

Televisão Lixo
Sou capaz de passar horas e horas assistindo a programas de demonstração de produtos, novelas mexicanas, canais de venda pela tv (shoptime, mega shop, tv balcão) e ainda consigo me divertir.
Acontece que ultimamente tenho me preocupado, visto que tenho perdido um tempo enorme com cultura tão inútil.

Sentei em frente à tv, conferi as horas no relógio a fim de verificar se o programa já havia começado, ainda faltavam duas horas, mas eu queria garantir que assistiria do início ao fim, então fiquei vendo outras coisas, noite chata e tediosa não havia nada pra fazer.
Já havia passado um bom tempo quando:
“Não acredito, estou a quarenta minutos aqui, esperando para ver Medalhão Persa, será que isso é normal?”.
Depois comecei a perceber que todos os dias eram assim, corria ansiosa pra frente da tv, sempre no mesmo horário e não saia de lá enquanto não acabasse o maldito programa, pensei até em deixar gravando alguns dias para poder assistir em outros horários ou poder gravar todos da semana e fazer uma “overdose” de Medalhão Persa assistindo tudo em um dia só, eu estava viciada.

Fazendo uma pequena análise do meu histórico como telespectadora vejo que meu problema vem desde a infância: Chispita (um clássico mexicano), ZY Bem Bom, (ainda me lembro da maldita música de abertura) e carrossel entre tantos outros comprovam que meu cérebro desde cedo foi bombardeado com todo o lixo da televisão.

Medalhão Persa é um programa de venda de jóias pela tv e passa todos os dias no canal 35 da Net (tv paga), eu não recomendo, as jóias são bregas e caras, e a apresentadora tem um sotaque lastimável e usa como bordão a pérola: “aqui só tem alegria, alegria de viver”.


terça-feira, junho 03, 2003

Eu sou do tipo que quando sei que vou ter uma conversa dessas difíceis, passo muito tempo pensando no que falar: penso nos argumentos, nas formas “delicadas” de se dizer boas verdades e sou capaz de passar horas e horas planejando todo o diálogo.
A verdade é que na hora H eu não falo nada do que pensei, me deixo levar por argumentos banais, por vozes emotivas e melancólicas e o racional o lógico e o ideal vai para o espaço em questão de minutos, um fracasso total.

Esse final de semana nada de útil, uma Tpm devastadora e dois filmes que poderiam resumir muito bem meu estado de espírito.
Pulp Fiction
Um Drink No Inferno

Brilhos labiais, minha obsessão consumista no momento.