VALENTINA * LOXY

quinta-feira, setembro 05, 2002

Não espere nada diferente em “Ken Park”, isso seria pedir demais
Novo filme do diretor de "Kids" escandaliza Festival de Veneza Por Shasta Darlington
VENEZA (Reuters) - O filme "Ken Park", do diretor Larry Clark, provocou escândalo no Festival de Veneza com suas chocantes cenas de sexo explícito, incesto e atos eróticos, afastando a atenção da mídia das estréias que acontecem na 59a edição do evento na cidade.
A história de quatro famílias em Visalia, reduto dos praticantes de skateboarding na Califórnia, foi exibida na competição de produções experimentais do festival e contém uma série de cenas que até mesmo seus participantes admitem que são pesadas demais até mesmo para a classificação mais rígida.
"Sexo e orgias: explode o escândalo 'Ken Park"', anunciou na quarta-feira o jornal local Il Gazzettino, depois da exibição do longa em pré-estréia.
"Entre as cenas que causaram o maior impacto figura uma de sexo oral entre uma mulher madura e um garoto menor de idade", diz o jornal.
"Ken Park" foi co-dirigido por Clark -- responsável pelo polêmico "Kids", de 1995, sobre sexo e drogas entre adolescentes -- e pelo renomado fotógrafo Ed Lachman, do premiado "Erin Brockovich", de Steven Soderbergh, e de "Far From Heaven", de Todd Haynes, que também concorre no Festival de Veneza.
Larry Clark não hesitou em mostrar tudo em "Ken Park". Comentando seu novo trabalho, ele disse recentemente: "Resolvi mostrar tudo. Para cada vagina, há um pênis".
O diretor disse que seu filme não é pornográfico, mas "honesto", e que ele revela o tipo de coisa que acontece na vida real, mas sobre a qual ninguém fala.
Tiffany Limos, 22 anos, que, no filme, representa uma garota de 16 anos chamada Peaches, disse ao The New York Observer:
"É muito além da classificação X (reservada aos filmes de teor sexual ou chulo forte). É muito além de qualquer coisa que você já viu".

Texto retirado do site:www.msn.com.br


Kids é a versão do seriado "Malhação" para o público teen underground. Cenas de sexo, drogas e violência? Convenhamos não há muita criatividade nisso. Acho que diretores como Larry Clark, deveriam ser contratados pela MTV para a criação de suas vinhetas, tudo muito direto e sem rodeios, muito na cara, muito clichê.
O genial é conseguir chocar (se essa for à intenção) sem usar cenas de sexo, drogas e violência, os caminhos fáceis e óbvios.
Viva a sutileza e a subjetividade. É preciso fazer pensar.